Mulher de ex-marqueteiro do PT diz que discutiu caixa dois pessoalmente com Dilma
O encontro entre Mônica e Dilma teria ocorrido em maio de 2014 no Palácio do Planalto. O depoimento de Mônica Moura faz parte do processo da Justiça Eleitoral que investiga e pode culminar na cassação da chapa Dilma-Temer.
De acordo com a publicitária, os contatos com Michel Temer, então candidato a vice na chapa encabeçada por Dilma, e o com o PMDB se restringiam apenas às preparações para os programas e debates de televisão.
Mônica disse ao ministro do TSE que não tratou de valores não computados com Temer.
A publicitária afirmou que, já na primeira conversa com Dilma na campanha à reeleição em 2014, ficou acertado que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega seria o responsável pelos detalhes dos recursos via caixa dois. Ele seria uma espécie de operador paralelo do caixa de campanha.
Dilma Rousseff já negou anteriormente ter conhecimento do esquema de pagamentos de caixa dois durante sua campanha eleitoral — supostamente, sabia apenas superficialmente sobre as finanças eleitorais. A publicitária afirmou que a própria Dilma autorizou a arrecadação via caixa dois.
Mônica afirmou ao ministro que a petista tinha conhecimento dos pagamentos feitos pela Odebrecht no exterior. Segundo ela, numa das conversas entre ela e Dilma, a petista teria se preocupado com a segurança e vulnerabilidade dos pagamentos fora do País.

