Ofertas

Disponível no Google Play

ECONOMIZA CODE: 36018939

Eleições Americanas.














Apoiadores de Clinton se manifestam durante comício nesta segunda-feira. GENE J. PUSKAR (AP) / VÍDEO: REUTERS-QUALITY





Não é o que acontece hoje. Trump é um magnata do ramo imobiliário e um astro de reality-show televisivo que apresenta como programa eleitoral os seus supostos êxitos no mundo empresarial e na vida de forma geral. Em um ano e meio, quebrou todos os paradigmas da política norte-americana. Rompendo um limite após o outro em termos de decência pública, ou, como ele diz, do politicamente correto, reescreveu os manuais das campanhas presidenciais. Nunca se viu antes um candidato ameaçar o outro de levá-lo à cadeia ou milhares de pessoas entoando em coro, em um comício de um candidato de um grande partido, palavras-de-ordem contrárias a um país vizinho, e parceiro leal, como o México. Ouviram-se palavras grosseiras ao longo desses meses, palavras que nunca tinham sido ouvidas no horário de maior audiência na televisão. Mesmo que venha a perder, o fato de ter chegado às portas da Casa Branca depois de vencer no processo das primárias os líderes mais preparados e financiados do Partido Republicano, já constitui um êxito. Com ou sem Trump, o trumpismo — a base de eleitores que se sentem vítimas de um sistema forjado contra si, a classe média branca que um dia foi democrata porque este era o partido que defendia o ‘little guy’, o homem da rua, e hoje se sente prejudicada — provavelmente permanecerá.
Trump prometeu expulsar milhões de imigrantes em situação irregular e obrigar o México a ajudar na construção de um muro na fronteira. Declara-se admirador do presidente russo Vladimir Putin e quer redefinir a aliança dos Estados Unidos com a OTAN e os tratados de livre comércio. Comemora o uso da tortura contra terroristas e distribui insultos a latinos, mulheres, muçulmanos e ex-combatentes. Ameaça impugnar o resultado se perder. Em essência, propõe uma redefinição de elementos centrais do contrato social do país. Enfrenta uma progressista pragmática, uma reformista que conhece melhor que ninguém as chaves do poder, uma mulher que desenvolveria as políticas de Obama, da reforma na saúde à regularização dos imigrantes irregulares. O problema é que, se ganhar, os republicanos do Congresso podem impedi-la de governar com um bloqueio legislativo permanente, como tentaram fazer com Obama.
Existem duas correntes quando se imagina o que aconteceria no caso de uma vitória de Trump. Alguns acreditam que, por mais extremista que seja Trump em campanha, o sistema de contrapoderes funcionará e limitará sua capacidade de ação. A outra possibilidade é que, com sua personalidade arrasadora e impulsiva, conduzirá os Estados Unidos para um caminho autoritário. As eleições decidirão se, depois de ter o primeiro presidente negro, os norte-americanos porão na Casa Branca a primeira mulher, uma política experiente que conta com o apoio das classes de maior escolaridade e das minorias raciais. Ou se escolherão alguém que levará uma mensagem identitária e populista à sala de controle do país mais poderoso e reordenará o mapa geopolítico global. O mundo prende a respiração.




MAIS INFORMAÇÕES





Mensagens Brasil

Polemica criada sobre Bebiano

Leia e veja a ÍNTEGRA das declarações de Bolsonaro e seu porta-voz sobre a demissão de Gustavo Bebianno Porta-voz anunciou exoneração...

mais visitadas